terça-feira, 2 de novembro de 2010

Igreja Orgânica

Muitos tem me perguntado em qual igreja estou frequentando, e com resposta sempre digo, não frequento igreja sou igreja e me reúno com ela, rs. Claro que isto para muitos não soa muito claro. A forma em que estou me reunindo com a igreja talvez fique mais clara com esta explicação que virá abaixo, como o modelo de "igreja orgânica" nome do qual não utilizamos mas que a essência é a mesma. O texto abaixo foi retirado de um blog amigo: O Reino em nós, do irmão Sandro http://oreinoemnos.blogspot.com/. Confira o texto:

O que é uma Igreja Orgânica?

O primeiro escritor cristão a usar o termo "expressão da vida orgânica" foi T. Austin Sparks, porém o autor da expressão Igreja Orgânica é Frank F. Viola. Sua definição de uma igreja orgânica é a seguinte:

"Por 'igreja orgânica' eu quero dizer uma igreja não tradicional que nasceu da vida espiritual, ao invés de ter sido construída por instituições humanas e de ser sustentada por programas religiosos. A Vida Orgânica da Igreja é uma experiência do tipo "raiz de grama", marcada pela comunidade face-a-face, pelo funcionamento de cada membro, pelas reuniões participativas (opostas aos cultos do tipo pastor-audiência), pela liderança não hierárquica, e pela liderança e centralidade de Jesus Cristo como o líder funcional e Cabeça de cada reunião".

O termo Igreja Orgânica refere-se a um tipo de vida da igreja que se ajusta ao ensino do Novo Testamento de que a igreja não é uma organização institucional, mas, sim, um organismo espiritual. Tenho ouvido atualmente, pregadores de igrejas institucionais dizerem que a igreja é ambos, ou seja, é, ao mesmo tempo, um organismo e uma organização. Mas isto não é percebido em nenhum lugar no Novo Testamento. A igreja primitiva não era de forma alguma uma organização institucional, embora fosse organizada.

Da mesma forma, as igrejas institucionais surgiram a partir da alteração do DNA da igreja; foram construídas a partir da sabedoria humana, e funcionam com base nas técnicas e métodos da Administração de Empresas. Elas surgiram na história quando Constantino, em 313 d.C., simulou uma conversão e resolveu apoiar o Cristianismo, inclusive instituindo sacerdotes e fornecendo recursos para construção de edifícios-templos. Poucos anos depois o Cristianismo foi declarado como religião oficial do Império Romano e iniciou sua distorção rumo ao modelo adotado hoje pela maioria das igrejas (católicas e evangélicas) -- a religião institucionalizada. Os cultos das igrejas institucionais não ocorrem de acordo com o padrão do Novo Testamento. São espetáculos religiosos, com toda uma pré-produção elaborada, e realizada nos cultos e missas por uma equipe que se acha mais espiritual do que os outros irmãos – consideram-se o canal de Deus -- o clero (padres, pastores, ministros, obreiros, sacerdotes, diretores de departamentos, superintendentes, professores, etc.).

Sempre que cristãos se reúnem em assembléia na base dos princípios organizacionais que regem as empresas humanas, têm-se igrejas institucionais, não orgânicas -- não naturais.

Uma igreja orgânica não é um teatro com um script. Seus membros vivem o Cristianismo como estilo de vida, e suas reuniões refletem isto. São pequenos grupos. Nelas não há programas nem liturgias. O que predomina nela é a participação livre de todos os irmãos. Não há mediador, a não ser Cristo (1 Tim. 2.5). Não há clero. Não há dirigentes humanos, nem sequer "facilitadores". Todos são irmãos, e nada mais. Os presbíteros são apenas irmãos mais velhos e sábios, que zelam pela sã doutrina, sem qualquer exclusividade nem dominação. As meditações são compartilhadas por qualquer membro, a partir de suas próprias experiências com Deus e de sua leitura devocional da Bíblia. Os dons espirituais são livremente praticados, sem nenhuma repressão.
Os cristãos das igrejas orgânicas vivem uma jornada espontânea com o Senhor Jesus e com os demais discípulos. O que sobressai nas igrejas orgânicas são os relacionamentos profundos. Amizades profundas. Ajuda mútua, serviço ao necessitado, e... Fraternidade. Reflexo da Trindade Divina, que vive em amor. O seu paradigma é fortemente baseado no Novo Testamento e não no Antigo Testamento. É vinho novo em odre novo.

É necessário ressaltar que, embora os principais locais de reuniões das igrejas orgânicas sejam os lares dos irmãos, nem toda igreja que se reúne nas casas (igreja nas casas ou nos lares) é uma igreja orgânica. Existem igrejas nos lares que são essencialmente institucionais. Vivem e agem do mesmo modo que as igrejas institucionais, porém reúnem-se em casas, ao invés de edifícios-templos. Possuem ministros ordenados (clero), ministros leigos, programas, liturgias, dízimos etc. Muito menos, os grupos pequenos das igrejas institucionais são igrejas orgânicas, embora seja o que mais se parece com uma igreja orgânica nas igrejas institucionais.

As igrejas orgânicas estão sendo levantadas e sustentadas em todo o mundo nesta geração, pelo próprio Deus, por meio do Espírito Santo. O evangelismo ocorre na vida, e não em campanhas ou cruzadas evangelísticas especiais. Cada irmão fala de Jesus Cristo espontaneamente aos seus parentes, amigos e colegas de trabalho ou estudo. E as almas ganhas? Bem, elas são do Senhor e não das igrejas. É a igreja nascendo de novo. Cristianismo puro e natural.